os
croquetes – que seriam gourmet – mas que afinal não chegam aos calcanhares dos
de qualquer tasca que a asae já não deixa ser rasca
ora
o segredo do croquete e do rissol não é o apuro dos ingredientes nem grandes
filosofias filosófico-inovadoras
é a
mão certa. a batida segura da massa, o saber de um tempero que feito de
lágrimas e sem restrições alimentares
o
rissol e o croquete são amor de uma mãe preocupada em dar de comer à família, o
carinho de uma tia que não deixa de ser a continuação da mãe
o lugar
do rissol é a simplicidade do amor, da força e dos sonhos que não têm lugar ao
bico do figão ou na bancada em que se tende a massa e as voltas de uma vida que
nos frita os dias e apura as amarguras
ò
mãe, soube tarde demais que não mais farias os rissóis do nosso contentamento.
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