O que é ser uma escritora negra hoje, de acordo comigo, Djaimilia Pereira de Almeida

 


Desde que soube da edição deste título que estava curiosa. Primeiro, porque já conheço a escrita da autora, que traz uma reflexão e um contributo impar para o nosso contexto literário, pouco diverso e representativo de grupos e comunidades. Depois, porque a autora sabiamente assume a sua experiência como não necessariamente representativa de todo um grupo ou comunidade. Transversal, sim, totalitária, não.

É um livro que importa ler. Não só para quem é leitor e gosta se perceber as mecânicas de escrita. De que não trata, mas que aborda os temas e inquietações que impregnam os livros e seus autores. Mas para perceber como os meandros da identidade se refletem na obra, mas sobretudo na sociedade que, idealmente, a obra nos convida a conhecer e a refletir.

O livro é composto por três textos complementares: o ensaio que lhe dá título, uma entrevista sobre o mesmo e uma apresentação académica. Se cada um vale por sim, o conjunto torna-o uma espécie de arte poética da autora. Pelo menos, hoje.

revisão: Cristina Correia | Editora: companhia das Letras | Local: LX | Edição/Ano: 1ª out, 2023 | Impressão: Printer. | Págs.: 100 | Capa: Wander Studios / Ágata Ventura | ISBN: 978-989-787-230-3 | DL: 520504/23 | Localização: BLX BECCE 82P(673)-94/ALM(80516895)

Comentários