Escrever (n)as margens

 

O que de mim descubro nos livros é espoletado por algumas frases que inevitavelmente me faz transbordar para as margens e nestas me percorro e transformo.

Não consigo quantificar o quanto de mim tenho (d)escrito em margens esparsas por páginas dispersas. São descobertas por vezes mínimas, perante as quais sorrio com surpresa. Outras avassaladoras, com um nítido antes de depois, nas quais dou cabriolas de espirito e alma. Nas margens que escrevo descubro contrastes e confirmações.

Poder-me-ia conhecer melhor quem lesse estas margens. Mas estas são minhas e escondo-as à leitura de outros olhos. Conhecer-me? só nos meus olhos.

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