Desabafos



Por vezes, sento-me ao computador perante uma página do word e não sei o que escrever. Não é como em qualquer série protagonizada por um/a escritor/a em que magicamente as palavras se alinham com sentido, profundidade e intenção. Na maioria das vezes, não há qualquer clareza ou organização mental, apenas uma vontade refém da capacidade do momento.

Todos queremos ser escritores? Todos queremos escrever? Ou, mais simples e primário do que isso, todos precisamos de escrever para nos perceber e ao mundo que nos rodeia? Este mundo mais surreal do que desejaríamos, a resvalar para a distopia que só queremos ler em histórias.
Compreender-me neste mundo é também perceber em que mundo quero viver. Escrever é também materializar esse mundo. É dar o primeiro passo. É dizer eu estou aqui e vou por ali, mesmo que tenha de retroceder e encetar um novo percurso.
Continuarei a resistir, a escrever e a desenhar o(s) mundo(s) que quero. Aqui, ou em qualquer parte. Num computador, de forma visível em diversas plataformas, ou apenas no meu caderno de desabafos e construções.
E este é o meu desabafo de hoje…

Comentários