Os loucos e as bibliotecas

Qualquer biblioteca pública acolhe os mais variados tipos de incompatibilidade social. Um eufemismo para loucura. Mas porque escolhem os loucos as bibliotecas?
Talvez porque na sua génese de livre acesso e de aceitação estas sejam um último reduto de integração social. Sendo porque não há censura às leituras praticadas ou porque lhes permite a prossecução de um dos objectivos recorrentes: a escrita de um livro ou de intermináveis e impercetíveis trabalhos de pesquisa, que são na realidade o que os prende a uma rotina de normalidade e/ou sanidade.
Mas, e não seremos todos nós os que trabalhamos em bibliotecas também um pouco loucos? Com esta nossa, talvez, vã ambição de possibilitar um pouco de luz neste mundo de trevas?

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