Enquanto trabalha na análise e e registo de
patentes, Einstein elabora a sua teoria do tempo, que lhe ocupa todo o seu “tempo
livre”, especialmente os seus sonhos.
Sob a forma de pequenos contos protagonizados pelos
habitantes da cidade natal do cientista, cenário dos mesmos, AL relata o que seriam esses sonhos e exemplifica
várias possibilidades de explicar como funciona o tempo. Das várias noções de
tempo apresentadas, apenas nos é possível aferir que o tempo é sempre uma perceção
humana.
Revelando um agradável equilíbrio entre divulgação científica
e uma narrativa poética, no entanto, para o final, a estrutura começa a tornar-se
enfadonha, o que é equilibrado pelas narrações episódicas e pela própria
dimensão do livro. Este equilíbrio entre divulgação e uma narrativa poética,
recorda-me a leitura de Sistema Periódico, de Primo Levi. Já a exploração do
tempo como fenómeno inconsciente recorda-me O Palácio dos Sonhos, de Ismael
Kadaré., dois livros que recomendo igualmente.
Tradução: Ana Maria Chaves| Editora: Asa II, SA | Edição: 10ª | Local: Alfragide |
Impressão: Mirandela | Ano: 2010 (1994) | Págs.: 108 | Capa: José Gonçalves | Ilustrações:
Luís Manuel Gaspar | ISBN: 975-972-41-1380-7 | Localização: BLX PF 82-31 LIG
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