Elizabeth
Costello é uma escritora de idade avançada que deambula pelo mundo
para proferir palestras, que pouco ou nada têm relação com a sua
obra, nas quais oferece uma visão do mundo e da escrita, o que a
coloca em choque com outros autores e intelectuais. A sua idade
avançada, no entanto, não a torna mais sábia, pois nem ela mesma
sabe se ainda acredita as palavras que defende. Em última análise,
a sua incapacidade e incerteza para ver os outros afasta-a inclusive
da parca família, um filho e uma irmã.
Segundo
apurei, o autor aproveita neste romance alguns excertos de
publicações anteriores suas, o que talvez lhe confira um tom
demasiado programático, cuja leitura nem sempre é fácil e
escorreita. Para os apreciadores de filosofia, esta poderá ser uma
obra interessante pois aborda temas, entre outros, como a o mal e a
sua génese e a separação entre o homem e os outros animais.
Esta
foi a minha primeira incursão na escrita desta autor nobelizado e
sobre a qual não consigo perceber exactamente se gostei ou não, o
que me poderá a levar a uma nova leitura para tirar teimas.
Tradução:
Mª João Delgado | Editora: D. Quixote | Local: Porto | Edição/Ano:
1ª, Setembro 2014 | Impressão: Gráfica Mel Barbosa e Filhos |
Págs.: 228 | Capa: Atelier Henrique Cayate | ISBN: 972-20-2722-0 | DL: 214698/04|
Localização: BLX PF 82-31 /COE (80071827)
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