A minha primeira incursão na escrita de Mário de Carvalho data de
hás uns cerca (ou mais de) 1 anos, com a peça “Se perguntarem por
mim, não estou”. Sem entrar em pormenores da história, esta era
pautada pela análise acutilante da sociedade , servida com uma
ironia impiedosa.
Essas características são transversais nesta nova narrativa. E
sobre o que versa? Em jeito de flashback, seguimos a vida de um
homem, que ao convalescer-se de um assalto, percebe falhou em toda a
linha e que não há volta a dar, mas também não há qualquer
saída, nem sequer a de um fundo de copo de whisky. É um relato
lento das opções erradas ou, sobretudo, das não opções que o
levam a ter de aceitar a ajuda da irmã, incapaz ela própria de
arriscar viver além do filho e de uma ligeira vida social no
interior alentejano.
É uma quase história, de uma quase vida, infelizmente tão igual a
tantas vidas em nosso redor.
Editora:
Caminho | Colecção: O Campo da Palavra | Ano: 2008, Janeiro |
Impressão: Eigal | Págs.: 175 | ISBN: 978-972-21-1965-8 | DL:
269156/07 | Localização: BLX Camões 82P-31/CAR (80254208)
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