“… a infância é um ponto cardeal eternamente possível. [Ana
Paula Tavares] p. 122”
A literatura é uma expressão do crescimento do individuo,
regra geral, perante a perda. Nas histórias de infância, a perda nem sempre é
óbvia, mas está presente, ainda que julguemos que esse sentimento é alheio às
crianças. Mas elas sentem a ausência. Talvez não verbalizem, não a saibam
verbalizar… mas sentem.
Se podemos sempre regressar à infância, o certo é que um
relato (verídico ou imaginado) da mesma tem de comportar também em si este
adivinhar de ausências futuras. Sabemos que, quando revisitarmos a nossa
infância, será para trazer à palavra o que já não há: quem éramos e já não
somos, os que foram e são agora apenas memória.
Os da minha rua, e todos temos os da nossa rua, são as nossas
referencias, os nossos aprendizados, com quem traçamos os primeiros passos de
crescimento. São a poeira que sedimentou e nos tornou rocha. São parte de nós…
Editora:
Caminho | Local: Lisboa | Colecção: Outras margens | Edição: 2ª | Ano: 2007, Julho
| Impressão: Tipografia Lousanense | Págs.: 122 | ISBN: 978-972-21-1963-7 | DL:
256199/07 | Localização: BLX PF 82P(673)-34/OND
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