Dando
seguimento ao meu objectivo de ler pelo menos um livro de um premiado
com o Nobel da literatura, peguei desta feita neste pequeno volume de
Tomas Transtormer, laureado em 2011, pela sua poesia. Por ventura,
este poderá não ser demonstrativo das suas competências
literárias, ainda assim, era-me disponível e acessível, e
demonstrou ser de leitura rápida.
O
presente volume foi escrito aos 60 anos do autor e procurava, não
olhar para o que foi a partir do olhar de hoje, mas sim regressar à
sua visão de então, tanto quanto a sua memória o permita.
(“Histórias recicladas, recordações de recordações.” p. 11)
O autor relata as suas circunstâncias familiares (a separação dos
país, a profissão da mãe, a família alargada) e também os seus
primeiros gostos, paixões e ódios, destacando-se o impacto da II
Guerra Mundial, a sua ideologia, a austeridade do sistema educativo
vigente, o desejo de anonimato/invisibilidade. (“A arte de ser
pisado conservando a dignidade." p. 35)
o
volume finaliza com alguns dos seus poemas de juventude, recolhidos
de algumas publicações escolares da época e que permitem comparar
as lembranças e a produção literária contemporânea do autor.
"Sentimo-nos
sempre mais novos do que somos. Trago em mim todos os meus rostos
anteriores, como uma árvore tem os anéis da sua idade. O que eu sou
é a soma de todos esses rostos. O espelho só vê o meu rosto mais
recente, mas eu conheço todos os anteriores." p. 55
Tradução:
Ana Diniz + Alexandre Pastor (poemas) | Editora: Sextante | Local:
Porto | Edição/Ano: 1ª, Setembro 2012| Impressão: Bloco Gráfico,
lda. | Imagens: sim | Págs.: 101 | Capa: Ateleier Henrique Cayatte |
ISBN: 978-972-0-07176-7 | DL: 348141/12 | Localização: BLX PF
82-34/TRA (808316676)
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