A literatura só me salvará enquanto ponto de partida para me
reflectir e consequentemente consciencializar do que, não me agradando, é
necessário transformar e passar à acção. Sem essa passagem, a literatura é só
literatura. É inação. É uma parede que defende um inócuo espaço vital. Uma vez
que na maioria das ocasiões me impede de interagir com quem me rodeia.
Estar em qualquer outro lugar, ainda que imaginário,
impede-nos de viver. Mesmo que, segundo a maioria, esse viver seja o mero
cumprimento de rotinas e expectativas, nem sempre nossas. E percebo que o que
antes me parecia ingenuidade ou vergonha é na verdade inépcia.
Não fui feita para este correr, para esta formatação, para este despropósito. Por isso me refugio na literatura. E sabendo-a um refúgio, de quando em quando, faço pequenos rasgos para me integrar no mundo. Pequenos rasgos.
Não fui feita para este correr, para esta formatação, para este despropósito. Por isso me refugio na literatura. E sabendo-a um refúgio, de quando em quando, faço pequenos rasgos para me integrar no mundo. Pequenos rasgos.
Pequenos, mas só pequenos.
ResponderEliminarGostei da divagação.
Os livros são os meus remédios, a minha terapia :)
ResponderEliminarGostei do texto.
Boas leituras
Obrigada Isaura! :)
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