Uma das questões que, volta e meia, surgem nas comunidades de
leitores prende-se com a representatividade da escrita no feminino. As autoras
estão representadas nas suas opções de leitura? Sim, estão. E da minha
observação, cada vez mais. Porquê?
Talvez uma primeira resposta venha exatamente da maioria dos
participantes em comunidades de leitores serem mulheres. É claro que isto não
se verifica em todas as comunidades, e ainda bem, mas é a realidade e pode ser
comprovada, provavelmente, numa comunidade perto de si. Assim, e se
desejavelmente quem participa tem algo a dizer nas escolhas de leitura, é inevitável
que estas, se não refletiam essa representatividade, a partir do momento em que
se dá conta dessa realidade, há uma tentativa de encontrar um equilíbrio nesta
escolhas. Tem sido igualmente essa a minha observação. E o interessante é que,
a dado momento, esse equilíbrio surge naturalmente.
Como dinamizadora de uma comunidade, procuro que este equilíbrio
seja atingido. Embora não me preocupe em que o mesmo seja de uma igualdade matemática.
Então, e aproveitando uma prática de outras comunidade, uma das propostas este ano passou por um trimestre no feminino. Para
mim, foi a oportunidade de conhecer a escrita de 3 autoras nacionais de quem
ainda não tinha lido nada, tal como a maioria dos participantes na comunidade. E
como o nosso objectivo principal é o de divulgação de “novos” autores, esta foi
uma opção bem acolhida e à qual poderemos voltar no futuro.
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