Ler é coisa de mulheres?

Nos transportes públicos, constato que pelo menos 2/3 das pessoas que observo com livros são mulheres. Nos clubes de leitura, embora cada grupo seja diferente, e nalguns exista uma paridade de participações, noutros há em que a participação é maioritariamente ou exclusivamente feminina. Nos blogues ou páginas de crítica ou relato de leituras, também se verifica uma predominância feminina.
São elas mais leitoras do que eles? Ou retiram elas mais beneficio da partilha das suas leituras? Será a leitura e a sua reflexão um dos seus quartos imateriais, que permite o diálogo intimo que as mulheres sempre encontraram nos seus afazeres diários? Encontram ai o espaço e tempo para uma voz que não seja minada por pressões profissionais e/ou sociais? Será este o tempo e o espaço para serenamente se conhecerem e ousarem?

Ler não é coisa somente de mulheres, mas certamente compreendo-me mais como pessoa através da leitura. 


Comentários

  1. Com mais de 5 jornais desportivos diários, fora as páginas desportivas de outros jornais e os jornais online sobre futebol, um homem tem lá tempo para ler um livro... Se perder tempo a ler um livro pode perder um episódio importante da telenovela futebolística.

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