De
forma sintéctica, considero que há 3 tipologias base de dinamização
de comunidades de leitores (CL). São elas, sessões orientadas,
livres e mistas:
- - Sessões orientadas: As obras a analisar são definidas previamente, podendo a periodicidade dessa definição variar (sessão a sessão, trimestral, anual). No entanto, todos os intervenientes acordam em ler o livro x do autor y na data z.
- - Sessões livres: partilha de leituras correntes dos participantes ou de outras que estes queiram salientar. Não há um autor e/ou livro definido e os participantes partilham resumidamente as leituras realizadas entre sessões. É curioso notar como a partilha de leituras de algumas obras pode transitar de sessão em sessão, evidenciando o efeito de contaminação que se pode/pretende obter deste tipo de actividade. É importante salientar que estas sessões implicam à partida participantes mais autónomos, o que nem sempre sucede.
- - Sessões mistas: análise de uma obra previamente seleccionada, seguida ou antecedida de um período de partilha de outras leituras. Informalmente, muitas sessões ditas orientadas incluem este espaço de partilha diluído na sessão, uma vez que as leituras partilhadas inserem-se sempre no nosso trajecto anterior de leituras e estas são como as cerejas (nunca se come apenas uma).
Nos
denominados Grupos de leitura, por vezes, este espaço de
partilha de opiniões é secundário. Ou seja, o objectivo principal
é a leitura, em voz alta, dos textos propostos. São projectos
igualmente válidos, embora não os definisse (nem eles) como
Comunidades de Leitores. Nestas, a primazia deve ser a partilha da
experiência de leitura.
No
lançamento de cada CL deverá realizar-se uma sessão inaugural em
que os participantes definirão os moldes das sessões, o que não
impede que a posteriori os mesmos sejam alterados. Porque se o
projecto tiver uma longa vida, a maturidade e expectativas dos seus
participantes será diferente. Além de que, poderemos assistir a
diferentes levas ou gerações de participações.
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