Faz
dia 17, deste mês, 2 anos que integrei o quadro da Câmara Municipal
de Lisboa, ficando afecta à Biblioteca da Penha de França, onde
tenho permanecido e desenvolvido um
trabalho de continuidade.
Não
tendo formação base em biblioteconomia, o trabalho que desenvolvo é
maioritariamente enquadrado no Serviço de Promoção da Leitura e
das Literacias. Nesse âmbito, o nosso público alvo é muito
abrangente, quiçá até demasiado abrangente. Uma vez que a
amplitude etária do nosso público pode ir dos 0 aos 100 e todos
percebem que dinamizar uma sessão para bebés de um ano não é o
mesmo que dinamizar uma sessão para um grupo com a média de idades
de 80 anos. Além de que a abrangência da tipologia de Literacias é
também, por sua vez, bastante vasta (linguística, funcional,
artística, informática, pessoal, etc). Há uma enormidade de
possibilidades e, individualmente, enquanto técnicos, não podemos,
de modo eficaz, dar resposta a todas e há que saber identificar o
nosso potencial e trilhar um caminho. Essa foi, e tem sido, uma das
minhas prioridades.
Deste
modo, e porque já tinha uma percepção clara de que a minha
apetência era trabalhar com o público jovem e adulto, o meu caminho
começou a delinear-se nesse sentido. Quer pela inclusão no projecto
da Comunidade de Leitores já existente, quer no desenvolvimento -
sob proposta das minhas colegas - do Português para Estrangeiros.
Quanto ao público jovem, ainda não é uma realidade sistemática,
mas há que dar tempo ao tempo, sabendo de antemão que a minha
aposta será que estes adquiram competências sociais úteis em
contexto profissional. Uma realidade constante, por que daí advém
uma maior procura, é o público infantil. E aí penso que também já
encontrei o meu caminho e que passa pela educação pela arte e pelo
desenvolvimento da literacia artística, sendo esses os pilares do
projecto Arte Ataque!
Assim,
o meu propósito no próximo ano lectivo (e ano de “casa”) é
sistematizar muito do trabalho feito até ao momento. Ou seja,
colocar no papel, com as devidas contextualizações teóricas, a
minha experiência quotidiana, com o objectivo de autonomizar os
projectos e que os mesmos sejam replicáveis noutros contextos e
locais.
Excelente trabalho, Adelaide! Acho muito bem que o coloques no papel.
ResponderEliminarObrigada, Alexandra, pelo teu apoio sempre presente! :)
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