No
meu coração, ou na parte do meu cérebro que comenda as memórias e
a contabilização das mágoas, assentam alegrias que não sei
explicar e tristezas que nunca entendi.
Nunca
senti necessidade de explicar(-me) as minhas alegrias. Estas
sentem-se, aceitam-se, aproveitam-se. Racionaliza-las é retirar-lhes
o seu valor de espontaneidade e irreverência.
Já
as tristezas... talvez tivesse a ganhar com a sua análise. Mas
falta-me perspectiva. Então, deixo cair, sobrepostas, emoções que
me afloram e não compreendo. Acumulando e sedimentando ou
esboroando-se com o tempo.
Ana Maria Sena |
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