Um dos mais
conhecidos estadistas a nível mundial, Winston Churchill fica igualmente na
história da literatura ao ganhar, em 1953, o Prémio nobel correspondente, por "for
his mastery of historical and biographical description as well as for brilliant
oratory in defending exalted human values".[1]
O filme
aborda as 96 horas prévias ao desembarque das forçar aliadas na Normândia e é
um filme atípico. Dá-nos a imagem de um líder em crise, que não sabe qual o seu
papel numa guerra em que não acredita na validade das estratégias adoptadas,
nomeadamente este ataque. Um líder arredado da estratégia em que não acredita,
mas chamado a galvanizar o povo para o continuo esforço de guerra. Um líder que
se quer um farol de animo, coragem e persistência num tempo de calamidade,
trágico com o fim e o estropiar de uma geração. Um líder enquanto combate com
os seus demónios e uma depressão.
Este é um
filme de palavras. Da acção pela palavra. De como a palavra certa pode ser a
arma mais eficaz para galvanizar um povo. Da procura dessa palavra, no respeito
pelo seu significado e pelo seu potencial transformador. Da palavra como
resistência. Da palavra como procura para o significado da vida e da morte.
[1] Pela mestria na descrição histórica e biográfica, bem como pela oratória brilhante e exaltada na defesa dos valores humanos. (Tradução da minha autoria)
Realizador:
Jonathan
Teplitzky * Argumentista: Alex von Tunzelmann
* Elenco: Brian
Cox, Miranda
Richardson, John Slattery, James Purefoy
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