A
Aprendizagem ao Logo da Vida (ALV) é um tema que me é caro por diversas razões,
que explanarei de seguida. Mas, em última análise, não tem a ver com a noção de
que necessitamos de evoluir para dar resposta à exigências externas. É mais do
que isso. É o sentimento de que não somos os mesmos durante o decorrer das
nossas vidas e nesse percurso temos de encontrar em nós e ao nosso redor as respostas
para uma viagem mais tranquila.
É
uma explicação um pouco utópica e vasta? Vamos então perceber as minhas razões
por esta atitude fazer parte do meu quotidiano:
a) O mercado de trabalho está em
constante mudança e para nos mantermos numa posição efectiva temos de nos
adaptar. Para tal, é necessário tomar a iniciativa e inovar dentro das nossas
instituições. Velhos do Restelo. Sempre os haverá e talvez um dia nos calhe
esse papel. Até lá, vamos zarpar, nem que seja a remos.
b) Iniciei a minha experiência profissional
com muita insegurança. A minha licenciatura foi essencialmente teórica e o meu
objectivo sempre foi adquirir o máximo de competências práticas. Entretanto,
passaram-se quase 20 anos.
c) Num momento de instabilidade pessoal e
profissional, ponderei sair da função pública. Então, dei por mim a avaliar que
competências tinha para voltar ao sector privado e percebi que, para esse
retorno ser bem sucedido, necessitava de mais. Muito mais. Hoje, estou mais tranquila.
d) Ao meu redor, existem tantas pessoas a
quem reconheço valor e que estão em situação de desemprego ou de trabalho precário.
Sei perfeitamente que o mérito raramente é reconhecido e que o sector privado é
uma selva, no qual atacamos ou somos atacados. Então, além de valorizar a minha
estabilidade, sinto que não devo desprezar as oportunidades que me vão
surgindo. Além de que, ainda que estável agora, nada me diz que essa
estabilidade se mantenha no futuro. Conheço casos a quem isso aconteceu.
e) Actualmente, estou na fase em que
quero partilhar com os demais aquilo que, por vezes a duras penas, consegui. Estou
a estabelecer e a desenvolver pequenos projectos que permitam não só partilhar
algumas das minhas aprendizagens, mas, sobretudo, permitir acompanhar alguém,
para que o seu processo não seja tão solitário ou doloroso quanto o meu, por
vezes, foi.
Muito
sucintamente, estas são as minhas razões da ALV ser uma atitude diária. Acredito que
este é um dos factores que me levará a atingir os meus objectivos e a chegar
onde ainda nem sequer prevejo.
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