![]() |
Ruminant Reserve |
Parece (não, não fui confirmar) que há uma candidata autárquica que propõe a existência
de áreas reservadas a mulheres nos transportes públicos, como forma de impedir
o assédio sexual. O que é que eu tenho a dizer sobre o assunto? Esta é uma
forma demagogo-pateta de resolver uma situação que, é verdade, incomoda muitas
mulheres. Mas, como para muitas outras situações sociais, a solução não é
simples, única e rápida. E esta é uma não solução. Porque não resolve o
problema nas suas origens.
Então, o que pode ser feito? Primeiro, andar de transportes públicos, que, regra-geral, é algo que os decisores e dirigentes políticos e públicos não fazem. Depois, perceber, de uma vez por todas, que as medidas preventivas de segurança a implementar não são para bem das mulheres, são para bem de homens, crianças e idosos. Aliás, até acho (tenho a certeza) que a CRP proíbe este tipo de tratamento desigual entre os seus cidadãos. E realmente acham que é boa ideia reincidir em qualquer tipo de segregação?
Então, o que pode ser feito? Primeiro, andar de transportes públicos, que, regra-geral, é algo que os decisores e dirigentes políticos e públicos não fazem. Depois, perceber, de uma vez por todas, que as medidas preventivas de segurança a implementar não são para bem das mulheres, são para bem de homens, crianças e idosos. Aliás, até acho (tenho a certeza) que a CRP proíbe este tipo de tratamento desigual entre os seus cidadãos. E realmente acham que é boa ideia reincidir em qualquer tipo de segregação?
Estas são
algumas ideias do que poderá ser feito para melhorar a vida de TOD@S os
utilizadores de transportes públicos:
·
Garantir transportes numa periodicidade que
impeça que os seus utilizadores tenha de esperar grandes períodos de tempo
em locais isolados, não vigiados e sem qualquer iluminação pública;
·
Garantir que qualquer paragem de autocarro
esteja devidamente iluminada e junto de qualquer tipo de casario ou zona
empresarial, que permita uma maior prontidão de socorro;
·
Garantir que há horários afixados em todas as
paragens, de modo a que, previamente, se possa programar a ida e a vinda da
mesma:
·
Garantir que os acessos pedonais às paragens e
estações são igualmente iluminados e, se possível, com passagem de rondas policiais
ou de segurança privada;
·
Apostar na educação para a cidadania, para que
algumas pessoas, devido à sua pequenez intelectual, percebam que a força não é a única
forma de abordar uma mulher ou homem ou sénior ou criança;
·
Educar para cidadania de modo a que, perante
uma situação explicita ou até duvidosa, ninguém hesite a agir em apoio de um
outro alguém.
Como veem,
há muito a fazer para que TOD@S se sintam seguros nos transportes públicos.
Comentários
Enviar um comentário