Esta
semana, chegou-me a informação que a Leya Bucholz vai voltar a
albergar uma Comunidade de Leitores, depois de um interregno de
aproximada mente um ano. Anteriormente, era dinamizada por Ricardo
Duarte, que abraçou um projecto profissional que o levou a cessar a
organização da mesma. Agora, será dinamizada por Filipa Melo e
terá características semelhantes: período de debate entre os
participantes, seguido de encontro com o escritor. A primeira sessão
será com Mia Couto, no dia 28 de Novembro, das 19h às 21h, e terá
por tema a sua mais recente obra O Bebedor de Horizontes, último
volume da trilogia As Areias do imperador. A participação é feita
mediante inscrição e inclui um pagamento de 13€, que, até ao
momento, e nesta nova vida, não sei exactamente o que abrange.
Mas
esta não é a única livraria que, em Lisboa, oferece este tipo de
iniciativa. Torna-se cada vez mais óbvio para estes espaços que a
sua oferta de serviços tem de passar não só pela dinamização dos
seus espaços, como pela criação de laços com os seus putativos e
reais clientes. Ou seja, o serviço já não passa pela mera venda de
um produto ou bem cultural, este passa por um apoio ao cliente que
vise a sua fidelização pela capacidade de uma oferta diferenciada e
a diversos níveis de exigência. As Comunidades de Leitores são uma
possibilidade, que nos seus diversos formatos, podem ser uma
ferramenta eficaz nesta abrangência de oferta.
Então,
e quais são as outras ofertas disponiveis actualmente em Lisboa? As
livrarias Almedina
e Bertand há muito que disponibilizam esta oferta, com uma variedade
que exige a consulta das suas páginas on line, que poderá fazer
clicando nas palavras. Estas livrarias pertencem a grupos editoriais
e têm é claro uma maior disponibilidade financeira par apostar na
dinamização dos seus espaços comerciais. Mas existem outros
espaços como a Fábula Urbis,
junto à Sé, a Leituria, a Tigre
de Papel, em Arroios, e a Ler,
em Campo de Ourique. Relativamente a esta últimas, a Comunidade da
Tigre é dinamizada por Rita Oliveira Dias, enquanto a da Ler é
dinamizada pela também escritora Cristina Drios, cujo trabalho já
tive o prazer de conhecer e de que sou apreciadora.
O
propósito deste texto é apenas dar a conhecer mais algumas das
opções de comunidades de leitores existentes em Lisboa. Convém
esclarecer que não conheço ainda muitos destes espaços, nem os
seus dinamizadores. Não por uma questão de (falta de) vontade, mas
apenas por questões de agenda pessoal. Não há igualmente qualquer
tipo de interesse comercial da minha parte na sua divulgação destes
espaços. Mas, a seu tempo, gostaria de deixar aqui mais informações
sobre a dinâmica destes espaços. Creio que só temos a ganhar em
saber como os outros dinamizam, para dinamizarmos melhor.
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