Os livros das nossas vidas, Mendo Henriques e Natália Barros

Quem escreve quer falar com alguém, quer narrar uma história, um acontecimento, uma descoberta, uma ideia, uma ironia, uma dor, nm que seja consigo próprio. O processo pode ser solitário, mas é sempre busca de relação, espécie de oferenda, e entrega aos outros.” (p. 179)

Sabem aqueles livros que gostaríamos de ter escrito? Este é um deles. Não por falar de livros, o que à partida era meio caminho andado. Mas pelo modo como estes nos são apresentados. Os autores defendem que a leitura de livros, na sua imensidão de géneros e autores, deve, como qualquer dieta alimentar, ser variada e equilibrada.
Como “somos o que lemos” (p. 18), devemos equilibrar leituras e ler com frequência. Segue-se uma interessante analogia entre os diferentes géneros literários e as nossas necessidades alimentares, não esquecendo que a nossa dieta não deve esquecer que “tudo depende do que nos queremos apropriar. (…) os modos dependem dos propósitos (…) distrair, aprender, decorar, desfrutar, recordar, comparar.” (p. 24)
Depois... depois há o modo (aparentemente) simples, sucinto e apelativo como tudo nos é apresentado: os livres marcantes da humanidade, o porquê da sua importância, o impacto que provocaram (e continuam a provocar). De tal modo, que este livro funciona como um aperitivo que nos abre o apetite para iniciar livros que à partida não fariam parte da nossa dieta, contribuindo assim para a nossa qualidade de vida e para a nossa maior visão do mundo e das suas subtilezas.
Mas mais do lerem sobre o livro, leiam-no. Será tempo bem investido!
Editora: Objectiva | Colecção: olá, consciência | Local: Lisboa | Edição/Ano: 1ª, Maio 2016 | Impressão: Printer Portuguesa | Págs.: 190 | Capa: Panóplia ® | ISBN: 978-989-665-056-8 | DL: 409542/16 | Localização: BLX PG 028/MEN (80378263)

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