A
partir de determinado momento nas nossas vidas, incutem-nos que
devemos definir objectivos para quase todas as áreas da mesma. Estes
devem ser SMART (anagrama inglês para eSpecificos, Mensuráveis,
Atingiveis, Realistas e definidos no Tempo).
Mas
a vida, no seu decorrer, é tudo menos SMART e no máximo é de uma
ironia atroz! Caracterizada por uma teia complexa de relações e
consequências de actos próprios e alheios. Nem tudo é
quantificável, apenas inqualificável. Os nossos parametros e
critérios alteram-se a cada (grande) mudança no nosso percurso. O
tempo cura e é rápido na alegria, detendo-se vagarosamente na dor.
Sabemos lá nós executar o sonho, sonho que é por definição
longínquo e difícil de alcançar. Apenas podemos colocar-nos a
caminho.
Posto
isto, há objectivos cujo cumprimento é o desafio de uma vida
inteira: manter a capacidade de deslumbramento; não nos deixarmos
abater pelas rasteiras do caminho, manter uma certa candura; manter a
crença de que há impossíveis possíveis; que o amor impele a
saltar barreiras salvando-nos em conjunto.
É
fácil tornarmo-nos cínicos,
cépticos, descrentes ao longo do caminho. O difícil é manter uma
certa infância dentro de nós. Isso é um propósito para a vida
inteira.
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Samantha Lee |
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