Há
uma catástrofe – nunca especificada – que assola o mundo. Lisboa também sofre a
devastação, mas entre os seus escombros há sobreviventes. aos poucos procuram
restabelecer uma ordem, entre a sua memória e as exigência e o desamparo de um
novo modo de vida, para qual as velhas regras são inúteis. um desses
personagens é Eduardo, leitor acérrimo e conceituado editor, que encontra na
companhia do órfão Pedro o receptor de uma certa memória e da sua ainda
esperança no futuro e na humanidade.
Num
registo apocalíptico, pouco habitual na nossa literatura, Patrícia Reis (PR)
tece uma homenagem ao poder transformador e construtor da literatura – no qual
é impossível não encontrar ressonâncias de Farenheit 451 – reflectindo sobre a
velhice, a memória, a amizade (com Sofia, Jaime e Lourenço, que encontraremos
posteriormente em A Construção do Vazio), e do resta quando tudo arde. E como
já hábito, PR premeia-nos por vezes com as suas frases certeiras e intensas na
sua simplicidade.
Editora: D. Quixote | Local: alfragide |
Edição/Ano: 1ª, Maio 2011 | Impressão: Guide – AG, Lda. | Págs.: 198 | Capa: Maria
Manuel Lacerda, sobre foto de Christophe Dessaing | ISBN: 978-972-20-4634-3
| DL: 325206/11 | Localização: PLX PF ROM
ROM-POR REI (80311291)
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