Eu
sou uma leitora de transportes públicos. É deste modo que rentabilizo grande
parte cerca de 2h30/3h diárias que despendo nos trajectos casa/trabalho/casa. Poderia
fazer outra coisa, pois podia, mas não era a mesma cosia!
Tal
como eu, muitas pessoas se dedicam igualmente às suas leituras. Por vezes,
consigo perceber o que estão a ler, na maioria não. E, a grande maioria das
vezes, estou mesmo tão embrenhada na minha leitura, que nem percebo se alguém
em meu redor também está a ler. Mas, quando percebo, e quando consigo perceber
o título em questão, faço um pequeno apontamento. É desses apontamentos que
resultam as publicações denominadas Leituras nos transportes Públicos que aqui
deixo mensalmente. Mas, apesar desse registo ser apenas uma amostra reduzida,
permite-me fazer algumas reflexões. A primeira, já aqui deixei anteriormente, é
que esta
leitura é feita sobretudo por mulheres. Em 2017, consegui sistematizar um
pouco mais a minha observação, e os resultados, em termos de autores e títulos
lidos, a que cheguei foram:
·
os autores portugueses mais lidos são José
Saramago e José Rodrigues dos Santos, sendo os títulos lidos variados. Embora
do JRS haja a predominância sempre do mais recente.
·
quanto aos autores estrangeiros, a
predominância vai para Ken Follett, Haruki Murakami, Sveva Casati Modigani,
Nicholas Sparks e Lesley Pearse, todos com títulos variados. O único autor cujo
o título é mais constante é Juan Carlos Zafon com A sombra do vento.
Como
já referi, esta amostra é muito reduzida e, valendo o que vale, não reflecte,
claro, todos os hábitos. Para mim, vale como observação e como uma forma de perceber como algumas modas ou novos títulos se integram nas leituras dos portugueses, como,
por exemplo, a tendência Elena Ferrante nos meses de verão e a curiosidade
sobre o Sapiens e o Homo Deus de Yuval Noah Harari nos últimos meses.
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