Sofro de Leitura exposta


Muitas das minhas leituras são realizadas em função de projectos profissionais, nos quais, perante um público, me são solicitadas impressões e opiniões e às quais junto igualmente dúvidas e desconfortos. Mesmo as leituras que não têm este enquadramento, podem, no futuro, vir a tê-lo.
Como já perceberam, uma das minhas paixões e área de interesse são as Comunidades de Leitores. Neste âmbito, há muito que percebi que pode ser necessário regressar a uma qualquer leitura passada. Daí a importância que os registos de leitura que aqui deixo representam para mim. A sua utilidade prioritária é de sintetizar as minhas impressões, opiniões, dúvidas e desconfortos para memória futura, de modo a que estejam acessíveis a qualquer momento, em qualquer lugar. Se estes se revelarem úteis para outros, óptimo, fico grata.
Inevitavelmente, isso significa que toda e qualquer leitura que faça de um livro seja exposta. Expor aquilo que observo, como observo e porque observo é expor-me. Aquilo que me toca, fascina, atemoriza, confunde, intriga, encanita (e outros verbos possíveis) fica visível nas poucas linhas que entreteço para quem o saiba ou queira ler. mas o facto é simplesmente este: sofro de aguda e crónica leitura exposta.

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