Esta
novela, que se lê muito rapidamente, versa sobre a diferença, o
estranho e, um última análise, sobre a incapacidade geral para o
aceitarmos. Fá-lo através de breves narrativas que se entrelaçam e
que raiam o surreal. Ora vejamos. Kika é uma jovem mulher com um
dom, entre – há falta de melhor palavra – a a mediunidade e a
transferência da doença através do toque. É filha da pragmática
Evangelina, cuja sensualidade é constantemente oprimida pelo
isolamento e meio social, e de Filipe, um sonhador que abala para a
possibilidade de uma vida maior na Venezuela e cuja única notícia
vem acompanhada do fascínio, cor e impossibilidade do circo. Depois
há um escritor, uma nova impossibilidade de amar e um fim difuso. O
autor reincide em alguns dos temas que lhe são caros, como uma ideia
de isolamento e de ruralidade, cujo o impacto na formatação dos
seus elementos é sempre impeditivo de crescimento e de alargamento
de experiência e horizontes, obrigando alguns dos seus personagens a
sair para ganhar mundo e recusando sempre o novo e o exterior.
Editora:
Marcador | Local: Queluz | Edição/Ano: 1ª, Jan 2015 | Impressão:
Multitipo AG, Lda. | Págs.: 174 | Capa: Vera Braga, sobre imagem de
Jill Battaglia | ISBN: 978-989-754-137-7 | DL: 386316/15 |
Localização: BLX Marvila 82P-34/CAC (803330728)
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