Como devem
calcular, tenho sempre curiosidade em conhecer qualquer livro que (con)tenha o
meu nome por título. Intriga-me perceber se as suas personagens e histórias têm
alguma semelhança comigo e perceber também como é que alguém percepciona as potencialidades
do nome Adelaide, que não sendo invulgar, também não é muito usual.
Já há algum
tempo que me tinha cruzado com este Adelaide, de Tomi Ungerer, mas não tinha
escrito nenhuma impressão sobre o mesmo. Nesta história,. Adelaide é uma
cangurua com asas que, ao crescer, tem a natural ambição de viajar, acabando em
Paris, onde se torna atracção de teatro. Revela-se capaz de actos heroicos e no
seu rescaldo conhece um canguru no Zoo. Após conseguir a sua libertação vivem
felizes para sempre com os seus canguruzinhos alados. É uma história ternurenta
sobre a capacidade de aceitar a diferença, a coragem de seguir os nossos
sonhos, conseguir o reconhecimento e recompensa pelos nossos actos.
O nome da
cangurua deve-se certamente ao nome da cidade homónima australiana e que sempre
alimentou a minha curiosidade. Aliás, quem não tem a curiosidade de conhecer
qualquer local com que partilhe o nome? Um dos meus sonhos desde há muito é conhecer
este pais e esta cidade, só já não consigo precisar se o nome teve culpa co
cartório ou foi uma sincronia que veio cimentar a vontade.
Além do nome,
partilho com a personagem o gosto pelo teatro, tendo uma experiência de teatro
amador na minha juventude, além dos meus 15 minutos de fama. Por isso, percebo
esta cangurua. De resto, cá ando nas minhas viagens livrescas (as físicas estão
há muito pausadas, mas nunca se sabe quando podem retornar) e, enquanto as asas
simbólicas baterem, está tudo bem.
Comentários
Enviar um comentário