Setembro e a impossibilidade da ubiquidade


E eis nos chegados a meio de setembro, altura em termina o período em que as instituições andam a meio gás devido às férias dos funcionários. Consequentemente, a segunda metade do mês pauta-se por inúmeras iniciativas o que torna a nossa agenda um pouco caótica e – sobretudo – nos obriga a deixar para trás tantas actividades interessantes. Querem um exemplo pessoal?
Peguemos no próximo sábado, dia 22. Nesse dia, vou estar à conversa com Maria Manuel Viana, na Biblioteca Orlando Ribeiro, em Telheiras, pelas 16h, no âmbito da Escrita em Dia. É um compromisso profissional que abraço com imenso gosto e, como tal, a prioridade. E o que tem de ficar de lado? Só nesse dia, são três iniciativas nas quais teria imenso gosto em assistir e participar. São elas:
  • A apresentação do livro Terra nativa -- Natureza e Paisagem humanizada em Ferreira de Castro, de Ana Cristina Carvalho. A Cristina é uma amiga de longa data e vê agora a sua tese de doutoramento publicado e, como tal, teria imenso gosto e orgulho em estar presente. A apresentação estará a cargo de Miguel Real e decorrerá no Museu Ferreira de Castro, em Sintra, pelas 15h30.
  • Também neste dia decorre a Comunidade de Leitores ciência e literatura, literatura e ciência dinamizada pela Isabel Zilhão, na Biblioteca Palácio Galveias, pelas 16h. O livro em debate é O sistema periódico, de Primo Levi, uma das leituras mais marcantes do meu percurso leitor e sobre a qual gostaria de partilhar outras leituras.
  • Um pouco mais distante, é a Comunidade de Leitores da Biblioteca José Saramago, no Feijó – Almada, dinamizada pelo Davide Freitas. Decorre pelas 15h e irá debater a Peregrinação, de Fernão Mendes Pinto, um livro do qual todos lemos excertos na escola, e que é com certeza um daqueles em que nunca mais pegamos, embora poucos o admitam.
Feliz ou infelizmente há dias assim. Felizmente porque há coisas a acontecer ao redor das quais nos encontramos e partilhamos momentos. Infelizmente porque ainda ainda não temos o dom da ubiquidade e não podemos estar presentes em todos os lugares.

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