Sempre
que visito uma biblioteca, faço questão de observar não só o modo
como esta se organiza em termos de serviços e de colecção, mas
também que ênfase dá à sua colecção e, sobretudo, à de literatura nacional. Isto sem nunca esquecer as vicissitudes
(e o seu aproveitamento) que o espaço físico possam provocar.
Então, que espaço, lugar e relevância ocupa a literatura nacional
nas nossas bibliotecas?
Em
termos numéricos, logo de ocupação de espaço, é usual que a
literatura nacional ocupe menos área que o conjunto da literatura
estrangeira. Mas qual o rácio desta proporção? Eu diria que o
ideal seria de 70/80%. Menos do que isso é não dar à nossa literatura
o espaço condigno necessário à sua divulgação, que é, ou
deveria ser, um dos baluartes das bibliotecas públicas. Até porque
qualidade não falta, poderá é faltar conhecimento e divulgação.
E, lá está, é esse o nosso papel.
Já
em termos de ocupação do espaço, onde é que esta se encontra? Num
canto mal iluminado? Em estantes separadas, que nem nos apercebemos
do que há uma continuidade temática? Que informação de estante
disponibilizamos? Está em local de destaque nas salas de leitura ou
de acesso?
Tudo se resume à importância que damos à nossa literatura. Damos-lhe a devida importância, divulgamos-a da melhor maneira possível, (ou sequer) conhecemos-a?
Tudo se resume à importância que damos à nossa literatura. Damos-lhe a devida importância, divulgamos-a da melhor maneira possível, (ou sequer) conhecemos-a?
Pois
é, são questões que, enquanto técnicos, temos de perceber e, enquanto instituição, temos de nos posicionar. E você, já se sabe
qual a sua posição?
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