Dominga, Agustina Bessa-Luís

Resultado de imagem para dominga agustina cosmoramaEsta leitura não estava nos planos. O plano era (re)ler A Sibila, da mesma autora, para a sessão de fevereiro da Comunidade de Leitores da Biblioteca da Penha de França, mas não incluía outras leituras da mesma. Mas eis que, na nossa sessão de janeiro, contamos com dois novos participantes. 2 estrangeiros à procura de sedimentar as suas competências linguísticas através da leitura e da partilha de opiniões e reflexões. A dúvida foi transversal a todos: talvez A Sibila seja demasiado exigente. Foi-o quando lemos - uns há 40, 25 anos atrás - ou até quando desistimos - outros - por mais de uma vez. Então chegou-se a um compromisso, estes dois novos parceiros de leitura dedicar-se-iam a um outro texto. A escolha - da minha responsabilidade - recaiu sobre esta Dominga, que pelo desfolhar me pareceu mais acessível. E é.
Dominga é uma personagem peculiar. Uma escritora alemã que aos 90 anos recebe temporariamente em sua casa a narradora desta história. Tendo como pano de fundo a velha casa senhorial já bastante depauperada e em pleno inverno na floresta alemã, é nos dado a conhecer a antiga paixão de dominga por Saint Exupéry. é uma história de homenagem ao poder invocativo e de síntese que a obra e o autor - ainda hoje - suscitam. Uma história cujas ironia e alegoria sobre o amor e demais relações - de poder - humanas continuam a conquistar admiradores. Mas, sem invalidar o seu valor, este pequeno conto oferece-nos uma desconstrução interessante e que - talvez - me faça voltar a reler essa obra.
Editora: Cosmorama Edições | Edição/Ano: 2ª, 2008 | Impressão: Papelmunde | Págs.: 36 | Capa: José Rui Teixeira | ISBN: 978-989-8029-20-1 | DL: 284481/08 | Localização: BLX PF 82P-34/LUI (80236741)

Comentários