Sinto que
termino uma história – um conto – quando além da suposta
unidade temporal consigo uma sensação de encerramento da
possibilidade sobre a qual trabalhei. Seja de 5 ou de 10 páginas,
concluir uma história é um feito que ainda me surpreende. Talvez
porque ainda não atingi conclusões para as inúmeras histórias que
vou acumulando. Mesmo que daqui a uns meses reescrevesse, pelo menos,
partes de modo diferente, sei que naquele momento coloquei naquele
texto o melhor das minhas capacidades.
Mas,
inevitavelmente, passado um tempo, há sempre uma questão que me
assola: o que ficou por contar? Sei o que mostra, mas e o que não
mostra? O que ainda há por explorar? Talvez por isso, por vezes,
sinto-as mais com um capitulo ao qual se poderiam juntar diversos
outros. E ainda outros. Porque as histórias, tal como na vida,
encadeiam-se e o fim de um momento é apenas a base para um momento
seguinte.
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