Já
há algum tempo que estava curiosa para ver este filme, que além de
um nome invulgar tem também por base uma comunidade de leitores em
plena II Guerra Mundial.
Para
meu desconhecimento, Guernsey, de juridisção própria mas sob
alçada britânica situada no Canal da Mancha, tal como muitas outras
ilhas do Canal, esteve ocupada pelas forças nazis. Essa ocupação
resultou na deportação de muitos adultos para diversos campos nazis
e na evacuação de muitas crianças para o Reino Unido, para junto
familiares, quando possível, mas que nunca seriam reunidas às suas famílias. Estes acontecimentos verídicos servem de base às histórias
de meia dúzia de habitantes que num momento de tensão com as tropas
inventam uma Sociedade literária para explicar o seu incumprimento
ao recolher obrigatório. Forçados a sustentar a sua mentira,
iniciam as reuniões reais, nas quais encontram, através da
literatura, o equilíbrio e a evasão à sua realidade opressiva e na
qual as suas vidas têm um futuro incerto, mas muito provavelmente
mais curto do que desejável.
Claro
que tudo isto nos é servido com a apropriada love story entre um dos
seus membros e uma promissora escritora enviada ao local após a
guerra para conhecer esta inaudita e improvável sociedade literária.
Como
filme, apesar do cenário dramático, centra-se na história de amor
e não parece diferir muito de outras histórias de amor que pululam
os nossos ecrãs. Como livro, estou curiosa para saber se o pano de
fundo tem uma exploração mais densa. Como demonstrativo da
importância de uma Comunidade de Leitores em momentos na vida dos
seus participantes, é um bom exemplo.
Título
original: The Guernsey Literary and Potato Peel Pie Society |
Realizador: Mike
Newell | Argumento:
Don
Roos, Kevin
Hood, baseado no romance de Mary
Ann Shaffer e Annie
Barrows |
Elenco: Jessica
Brown Findlay, Tom
Courtenay, Michiel
Huisman, Matthew
Goode, Lily
James
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