Eu podia consultar e
memorizar uma mão cheia de definições e partilhar. Compreendendo-as ou não, aceitando-as
ou não. E é, sem dúvida, um processo útil. Porque são perfeitamente carregadas
de saber e inquestionáveis. Mas é alimentado por palavras, compreensões e
aceitações dos outros.
Mas quando se dinamiza uma
actividade sobre seja qual for a temática, temos de ter as nossas próprias
palavras e usa-las como uma segunda pele. Logo, é imperioso procurar uma
síntese pessoal. Então, o que é para mim poesia?
Poesia é respiração.
Uma respiração que não se coaduna
com o ritmo e as regras impostas por uma gramática que quer uma linguagem eficaz
para uma comunicação eficiente.
Mas a respiração é única e
não obedece a regras. Obedece a estados de espirito e físicos. É instinto,
inconsciente, treino, construção, auxilio, liberdade, profundidade, síncope,
prolongamento aspiração.
Inspiramos e expiramos e as
palavras ocupam esse espaço e transportam o seu ritmo.
Poesia é respiração.
Cris Valencia @ Cultura Inquieta |
Comentários
Enviar um comentário