querida ÿeawele, Chimamanda Ngozi Adichie


Por estes dias, ao cruzar-me com este pequeno livro, voltei a Chimamanda e ao tema do feminismo. Um tema a que urge voltar regularmente e pensa-lo através das nossas circunstâncias, percurso, opções, e, sobretudo, pelo que ainda não conseguimos. Porque ainda há muito que batalhar, aqui, agora, algures e a qualquer momento. Porque o caminho conquistado se pode facilmente perder, porque podemos perder-nos nesse mesmo caminho.
Neste pequeno volume, a autora apresenta-nos 2 premissas e 15 sugestões para uma educação baseada na igualdade entre seres, independentemente de género. Porque embora a palavra feminismo possa induzir em erro, é de igualdade que se fala, independentemente de tudo. E Chimamamda chama a atenção para vários aspectos de como caminhar nesse sentido, sendo um deles, exactamente, a linguagem que utilizamos. E, por vezes, questiono-me se a palavra feminismo será a mais adequada para esta mesma vontade de igualdade. Mas talvez a nossa circunstância ainda não permita que se opte por uma nova palavra, talvez esta ainda seja a palavra necessária para chamar a atenção para este desequilíbrio.
O caminho para o equilíbrio faz-se de forma sistemática e verdadeira nos actos do quotidiano, nas relações que estabelecemos e mantemos, no modo como as vivemos. Seria bom que todos gastássemos um pouco a ler este livro e o triplo do tempo a pensar em como actuamos perante cada uma das sugestões da autora.  Este bem pode ser o desafio de todos nós para 2020. Aceitam? Pensem nisto…
Subtítulo: como educar para o feminismo | T.O.: dear Ijeawele, A feminist Manifesto in fifteen suggestions | Tradução: Ana Saldanha |Revisão: nuno Pereira de Sousa | Editora: Dom Quixote/Leya| Edição/Ano: 1ª, fev 2018 | Local: LX | Impressão: Eigal | Capa: Rui Rosa | Págs.: 94 | ISBN: 978-972-20-6430-9 | D.L.: 435675/17 | Localização: BLX Mar 316.346-055.2 ADI (80410386)

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