É
tão gratificante assistir às bibliotecas de todos o país a
adaptarem-se a esta nova realidade. Significa que os seus técnicos
são criativos, empenhados e destemidos. Pois tenho assistidos todos
a darem, pelo menos, um passo for a da sua zona de conforto e até da
sua concepção de biblioteca ou do serviço que gostam de prestar.
Não sendo necessariamente um mundo novo, era um mundo ainda pouco
visitado pela maioria.
Mas
sabem qual vai ser o nosso maior desafio? O depois! Porquê? Porque
depois, temos de estar lá para os que neste momento perderem o seu
total contacto com a biblioteca. Seja porque não têm acesso à
internet ou sequer possuem um computador. Eu sei que é uma realidade
que a maioria estranha, mas ainda é muito real para uma grande
parcela da população. Seja para os que – em sequência da perda
de rendimento – deixarão de o ter. Seja para os que necessitam de
voltar a socializar e para quem a biblioteca é um palco e um espaço
seguro.
O
verdadeiro desafio no papel que a biblioteca procura ter na demanda
pela equidade social será o depois. Temos de estar lá, presentes!
Fisicamente, para os receber e minimizar as diferenças que este
período – infelizmente – veio agravar. Mas também continuar
virtualmente, pois foi um caminho que iniciamos e agora não há
volta a dar.
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