Dez mil guitarras, Catherine Clément


Esta foi uma grata surpresa. Não estava na minha lista de intenções de leitura e estava na minha posse com o objectivo de passar a outra pessoa. Entretanto, este período de contingência apanhou-nos desprevenidos e sem acesso aos livros que tencionava ler. Dos poucos livros que tenho acessíveis, este acabou por me chamar a atenção e e boa hora.
Agora o que dizer deste livro? É enorme. Não pela dimensão e quantidade física, tem apenas cerca de 360 páginas e capítulos pequenos e acessíveis q.b. É enorme pela quantidade e diversidade de personagens que abarca e através desta galeria de personagens inusitadas temos acesso a mais de um século da história europeia. Com principal incidência entre 1550 a 1650, assistimos à ascensão e queda de 3 monarcas europeus: D. Sebastião, Rudolfo II e Cristina Vasa. É uma autêntica lição de história que nos ensina e nos cativa pela particularidade como nos é apresentada. Porque aparentemente pouco ou nada liga estes monarcas à excepção de viverem num mesmo tempo século, apesar da geografias à partida suficientemente separadas. Mas há uma ligação, uma ligação insuspeita: um rinoceronte. Personagem por mérito e narrador imparcial deste século de convulsões políticas, filosóficas e religiosas. Um século em que a humanidade está alterar a percepção de si e do mundo e do universo em que se insere.
O que mais posso dizer? Tudo, mas sinto-me incapaz. Então, só posso mesmo incentivar-vos a esta leitura. Leiam, leiam, leiam.
Título Original: Dix mille guitarres | Tradução: Isabel St. Aubyn | Editora: Porto Editora | Local: Porto | Edição/Ano: 1ª, Set 2010 | Impressão: Bloco Gráfico | Págs.: 368 | ISBN: 978-972-0-04303-0 | DL: 313655/10 | Localização: PAX

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