Do desconfinamento VI | Bom senso, senso comum e contra-senso


Um dos aspectos mais complicados deste período é a imprevisibilidade de cada dia. Somos bombardeados com conselhos e obrigações que supostamente deveriam se cumpridos por todos, em todas as instituições e situações. Mas isso não acontece. De facto, estamos em constante incoerência.

Não mudamos de paradigma, porque a cada dia há supostamente um novo. O que não é necessariamente mau. Se ao menos entre cada um houvesse uma réstia de coerência. Mas não... as informações são contraditórias, mesmo de quem se espera coerência e orientação – e eu compreendo que é dificil. E espera-se que a adaptação seja lógica e linear. Mas não. Nada disto é linear e, em muitas das situações, não tem sequer uma lógica coerente. Por um lado defende-se a protecção, por outro expoe-se a todas as brechas de segurança. (Desde que não seja na nossa chafarica...)

Mas, enfim, sobreviveremos. Pelo menos, a grande maioria, pois, como já diziam os antigos, entre mortos e feridos, alguém há de escapar. Mas o que esta pandemia veio mostrar, entre outras, é que o bom senso é parco, o senso comum débil e o contrasenso impera sobre todos.

Faz sentido? Se fizer, óptimo. Sinta-se orgulhoso. Se não, não se preocupe. É apenas mais um de nós. 


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