Que nós estamos aqui, João Tordo

Um dos mais recentes ensaios disponibilizados pela Fundação Francisco Manuel dos Santos leva-nos ao mundo dos adictos em busca de uma recuperação através de programas baseados nos 12 Passos. É uma metodologia que a maioria de nós conhece a partir dos filmes americanos, mas que parece estar longe do quotidiano de uma grande parte de nós. A metodologia, não a realidade que a torna necessária.

Tenho muita curiosidade por esta temática, porque quase todos temos na nossa vida ciclos viciosos de comportamento. Seja pela aquisição de uma adição, seja pela perpetuação de comportamentos e preconceitos social. Não sendo exatamente a mesma coisa, ambas (na sua imensa diversidade) implicam ou exigem a quebra de ciclos. E quebrar ciclos, muitos inconscientes ou para os quais não temos as ferramentas necessárias, é uma tarefa hercúlea. Eu gostaria de, no meu período de vida, conseguir quebrar alguns pessoais e outros sociais, como diversas formas de violência e preconceito sistémicos e endémicos.

De uma forma simples, João Tordo faz-nos uma visita guiada pela modo como surgiu esta metodologia e as dificuldades que esta organização ultrapassou em cerca de quase um século de existência, explica-nos a sua organização essencial e o seu modo de actuação básico, bem como se tem actualizado e actualmente se conjuga com outras possibilidades de tratamento. E, claro, o mais importante, dá-nos o testemunho de homens e mulheres para que possamos perceber o impacto real destes programas na vida de pessoa como nós. Pois, qualquer um de nós pode a qualquer momento encontrar-se aqui. Muitos apenas não estão apenas porque ainda não têm consciência ou a coragem para recorrer a esta ajuda.

Subtítulo: 12 passos para a recuperação | Revisão: Nuno Quintas | Editora: Fundação FMS | Coleção: Retratos da Fundação | Edição/Ano: 1ª, Fev 2020 | Local: LX | Impressão: Guide, AG| Págs.: 68 | ISBN: 978-989-9004-005-4| D.L.: 465964/20 |Localização: PAX

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