A história leva-nos num primeiro momento até Veneza do inicio do século XIV. É aí que conhecemos Paolo, um jovem aprendiz de vidraceiro que percebe ter problemas de visão. O que hoje chamamos míopia. Conhecedor das subtilezas dar cor, pis a sua visão ao perto é irrepreensível, é desafiado pelo pintor Simone Martini a partir em busca da matéria prima para uma nova cor, cujos rumores de existência começam a chegar À Europa. É o chamado azul ultra-marinho feito a partir da pedra lapís-lazuli, originária da zona do Afeganistão e Paquistão. Paolo enceta então a viagem que nunca imaginou e que o transformará tão completamente que apenas regressará para cumprir as suas promessa e as suas despedidas.
É um livro completo, em termos narrativos, e com elementos diversos que nos apelam e mantêm o interesse. Além da jornada do herói, tem uma viagem pelo deserto, a convivência de diversas religiões, as inovações cientificas que para nós hoje são um dado adquirido, a arte, a tradição na arte, o desejo de transcendência e mortalidade através do belo.
Foi realmente um dos livros que mais gostei de ler nos últimos tempos e ao pesquisar o este autor que desconhecia por completo, percebi que só tem mais um livro editado em Portugal, O Gosto do Chocolate, embora seja autor de Grantchester, uma série policial britânica. Adivinhem qual será uma das minhas próximas leituras.
Comentários
Enviar um comentário