Como
sabem, a minha premissa é sempre que os livros são pontos de partida, nunca de
chegada. É a partir e através deles que questionamos o nosso lugar no mundo e,
por vezes, poucas, encontramos algumas respostas.
Tenho
a sorte de poder partilhar leituras – seja no Clube de Leitura, seja na Escrita
Criativa - com pessoas interessadas e interessantes que questionam, sugerem,
partilham esperanças e angustias sobre a humanidade e o futuro. Aprendo tanto,
mas tanto, e sou continuamente surpreendida. São um desafio e uma motivação constantes.
E o que dizer, quando nos lançam o repto de elencar um manifesto de soluções
para o mundo? É assustadoramente mágico.
Saber
que criamos um espaço seguro de partilha de angústias, esperanças, dúvidas e vontades
é algo que não tem preço. Perceber que este é um espaço que não têm noutras
áreas da sua vida é sentir que se contribui, que se faz algo, mesmo quando
aprece que nada acontece. Pertencer a um grupo curioso e empenhado em perceber
o seu lugar no mundo e preocupado com o mundo que vão deixar, não é fácil, mas
deixa-me tranquila de que não entraremos gentilmente numa penumbra futura. Haverá
sempre uma resistência activa e, como tal, gestos ativos em prol de um futuro
melhor.
É
assombrantemente simples constatar a leitura como acto político. Vamos fazer
mais política. Vamos refletir o mundo. Vamos agir. Vamos ler.
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