Estilicídio, Cynan Jones

 

Num futuro não muito distante, as reservas planetárias de água potável são escassas. Fornecer águas às populações torna-se, como outrora, um desafio de engenharia e engenho. Pelo meio há pessoas, a adaptar-se a uma nova (sobre)vivência, forçadas a deslocações indesejadas, a novas ocupações, aos mesmos temores de sempre da humanidade, morte, solidão e abandono.

Numa cidade costeira, um novo projeto envolve o transporte de um icebergue até uma doca construída para o efeito, cujo processo de derretimento garantirá água não só à cidade, como às suas regiões anteriores. Qual o impacto de tal projeto nas vidas quotidianas, como é que (re)agem perante o mesmo? É através da perspetiva de um punhado de pessoas – aparentemente sem ligação entre si – que vamos acompanhado uma plausível visão de futuro.

Um livro de pequena dimensão cujo título me intrigou. Num registo que me fez lembrar …: parágrafos curtos, como que polaroids cuja nos vão deixando descortinar uma sequencia, da qual desconhecemos o que fica para lá daquela caraterística moldura branca. Uma escrita por vezes conceptual a roçar o poético. Um futuro verosímil. Um desconforto enquanto pessoa, uma agradável leitura enquanto leitora.

Título Original: Stiliicide  | Tradução: Manuel Alberto Vieira | Revisão: Joaquim E. Oliveira | Editora: Elsinore | Colecção: | Local: … | Edição/Ano: 1ª, jan 2021 | Impressão: Eigal | Págs.: 170 | Capa: Recent Work | ISBN: 978-989-564-276- | DL: 476723/21 | Localização: BLX Galv 82-311.9/Jon (80464333)

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