Há vários
anos, vi a adaptação do primeiro livro desta série ao cinema como um aprazível filme
de entretenimento de quera suposto haver sequelas que creio nunca terem entrado
em produção. Em outubro, novembro do ano passado, e na dúvida sobre se teria
coragem para ler a série de livros, resolvi ver antes a série, cuja produção
(cancelada ao final da terceira temporada) não adaptava toda a série de livros.
Apesar de alguns clichés da tv americana, achei piada à série e numa qualquer deambulação
pela internet percebi que a autora colocou os showrunners à vontade para fazer quaisquer
adaptações que considerassem mais interessantes. Isso fez-me decidir: que se
lixe, demore o tempo que demorar (não sou uma leitora rápida) vou ler a série
de livros.
- os livros não
são perfeitos em termos narrativos, por vezes há momentos em que ia saltando a
leitura;
- a revisitação
do sobrenatural (que não faz parte do meu hábito de leituras), sobretudo lobisomens
e vampiros;
- a “nova” “classe”
de personagens, Shadowhunters, inclusive por permitir uma revisitação bíblica;
- que tivesse imensas citações / referências clássicas, permite leitores mais novos chegar a esses autores;
- a tradução tinha
diversos tiros ao lado. Tive quase pena de não ler em inglês, mesmo sabendo que
algum vocabulário especifico me falharia.
- gostei
imenso da revisitação / criação de vocabulário;
- a autora
foi acusada de plagiar este mundo à autora Sherrilyn Kenyon, da sua série intitulada Dark
Hunter (qualquer dia vou
tirar teimas, mas pelo que pesquisei, hum…)
- descobri a
fan fiction. Escrevi uma, que me permitiu perceber mais profundamente outras
formas de desenvolver o processo criativo e desbloqueou algumas inseguranças;
- descobri o
Wattpad e é por isso que ando muito mais agarrada ao telemóvel nos últimos
meses;
- descobri o
poder das fandoms, que também sou uma shipper (MAlec forever) e a importância
desta série para a representação e representatividade LGBTIQ+;
- descobri o mundo dos canais Youtube dedicados aos comentários e reações a séries e afins. O que eu me diverti;
- comparando
com a série, ainda bem que os showrunners decidiram que os personagens seriam
mais velhos, tipo todos legalmente adultos;
- a autora “descobriu”
um filão que tem desenvolvido de modo que atualmente o universo Shadowhunters é
composto por um total de 19 livros e a previsão de mais uma trilogia, o que
demonstra como nos EUA o oficio da escrita e da publicação é encarado;
- após uma
pausa, sou bem capaz de ler a próxima trilogia;
Há com
certeza ainda mais que poderia dizer sobre esta série/mundo. Mas acho que por
agora me fico por aqui. Confesso, pensei que não ia ler os livros todos da série,
mas a minha ansia por perceber as diferenças entre os livros e a série de
televisão, além da imensa fan fiction que li com base nestes personagens elevou
isto ao nível da quase obsessão. Agora, vou desligar um bocado os botões.
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