As im(possibilidades) da tradução


Há uns dias, num clube de leitura, ao falarmos de tradução ( e eventuais más traduções por aí existentes), defendi que há textos cuja complexidade e dinâmica, por muito boa que a tradução seja feita, a mesma ficará sempre aquém do original. Porquê? Porque o tradutor terá sempre de fazer escolhas sobre o que priorizará ao verter um texto a partir das idiossincrasias do autor, da língua e da cultura de origens para as da língua de chegada, por vezes incomparáveis.

Passados alguns dias, deparei-me com duas situações caricatas relativamente à tradução. Uma delas é exemplo de má tradução, pois não sendo uma tradução impossível, e até no contexto da história poderia ser correcta, mas não no momento em que a mesma decorre, realmente não reflete a intenção original.

- Did you get my text? | Recebeste a minha mensagem/sms?

- Yes, i did. | sim, recebi.

Já o segundo, numa leitura com a qual estou a ter diversas dificuldades, deparei-me com a nota da tradução sobre a impossibilidade de uma tradução consensual e com sentido para o mesmo.

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