Para lá das efemérides, o que debatemos e refletimos?

 


É habitual em Bibliotecas assinalar as mais variadas efemérides, sobretudo as ligadas ao livro, à leitura, aos autores e à língua portuguesa. São as efemérides inerentes ao nosso trabalho de base e na verdade, celebramo-las a cada mediação de leitura, independentemente do formato. Então, assinalar o dia é mais um forma de salientar este trabalho.

Depois há toda uma outra panóplia de efemérides que faz sentido assinalarmos. Outras serão mais complicadas, mas não impossíveis. Feliz ou infelizmente, são diversas datas a assinalar, que muitas vezes o fazemos numa espécie de picar o ponto e não numa abordagem pensada, aprofundada e consistente, que mais possivelmente permite um lastro a longo prazo.

Mais do que efemérides, que devem sim senhor@ ser assinaladas, devemos pensar em temas que importa trabalhar a partir de diversas perspetivas, entre as quais podemos muitas vezes incluir as efemérides. Que temas relativos ao livro, à leitura, aos autores e à língua portuguesa, mas sobretudo relativos à sociedade nacional e internacional importa serem aprofundados através das bibliotecas? Que contributos podemos fazer e em que áreas?

Sou apologista de que as instituições devem eleger entre 2 a, um máximo de, 4 temáticas anuais (bienais?) e desenvolve-las consistente e aprofundadamente, através de atividades e dinâmicas paralelas e complementares, contribuindo deste modo para reflexão diversa e multidisciplinar. Mas quantas instituições o fazem realmente?

Agora, que começamos a preparar programas para 2023, que temas importa debater e refletir?

Não há respostas únicas. Cada instituição deverá encontrar as suas. Mas a reflexão institucional pode e deve ser feita.

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