Clube de Leitura | Biblioteca Palácio Galveias | Balanço 2021-2022

Na temporada 2021-22, o nosso ciclo de leituras percorreu alguns autores premiados pelo Nobel da Literatura após a atribuição do mesmo a José Saramago. Foi a forma encontrada para restringir um manancial de escritores que importa conhecer pela diversidade politica, geográfica, temática e estilística.

Vamos então recordar o que lemos:

06/09/21 - Conduz o teu arado sobre os ossos dos mortos, O. Tukarzsck

11/10/21 - Os anões, H. Pinter

08/11/21 - Levantado do Cão, J. Saramago

13/12/21 - A terra das ameixas verdes, H. Muller

10/01/22 - O fim do homem soviético, S. Alexijevich

14/02/22 - Uma cana de pesca para o meu avô, Gao Xinjiang

14/03/22 - O sonho mais doce, D. Lessing

11/04/22 - Sem destino, I. Kertész

9/05/22 - A pianista, E. Jelinek

20/06/22 - peito grande, ancas largas, Mo Yan

11/07/22 - Contos, Alice Munro

Para mim, foi o primeiro contacto com a maioria dest@s autor@s. Todos os anos me desafio a ler três novos autores premiados com o nobel, mas raros são os anos em que cumpro esse objectivo. Então, este foi um período de concretizações. E foi exatamente esse o ponto mais positivo deste percurso. Embora, muito sinceramente, não saiba se tornarei a muit@s del@s.  

Quem já me conhece, sabe que gosto de tentar um equilíbrio de representatividade de género entre autor@s, o que nem sempre é fácil, mas neste caso o fiel da balança prevaleceu para a representatividade feminina. Foi a minha forma de combater o terço de representatividade que a Academia Sueca tem seguido nas últimas 3 décadas. (não falemos sequer das que as antecederam, mas podem ter uma ideia aqui: https://aprateleiramaisalta.blogspot.com/2021/08/o-nobel-da-literatura-no-feminino.html ).

Algumas das questões que me fazem sobre as opções finais de leitura são: porquê est@s e não outr@s. A resposta é dupla e relativamente simples: primeiro, a quantidades de títulos/exemplares disponíveis na nossa rede de bibliotecas; segundo, a minha noção de serem autor@s nem sempre lidos noutros Clubes de leitura ou mesmo na dinâmica da biblioteca.

Qual o ponto menos positivo nesta temporada? Do ponto de vista das leituras, o facto do tema excluir à partida autor@s nacionais ou lusófon@s. Situação que será colmatada na próxima temporada, da qual a seu tempo darei notícias. Do ponto de vista da dinâmica, todas as incertezas da pandemia e as inerentes oscilações das normas de participação, bem como os inevitáveis receios individuais. Mas, enfim, sobrevivemos e estamos prontos, após uma pausa, para uma nova e revigorada temporada.

Aguardem por notícias.

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