O que dizer? Por onde começar? Tenho dificuldade pois o
texto foge a fórmulas (será?, afinal há ali uma jornada do herói Tintim por Tintim).
Talvez pelo autor a classificar como fábula e que, sendo uma alegoria satírica e
crítica à mitificação da figura de Salazar, se torna uma obra impar no nosso
panorama literário. Que brinca com os próprios formatos literários, criando
transversalidades com outras formas de expressão tanto pela palavra, como pela
imagem.
Aliás, tive o grato prazer de ler uma edição com as ilustrações
criadas por João Abel Manta para este conto. O que me levou igualmente a visitar
o trabalho deste artista plástico cujo traço reconheci, mas que não sabia
identificar a autoria.
Gostei muito de conhecer esta obra tão peculiar, que me
suscitou diversas curiosidades, entra as quais:
- Como será/seria traduzi-la;
- Como é que perdura no tempo e fala a outras gerações (impossível
não tecer comparações com a ofensiva russa à Ucrânia e com as peripécias funerária
de José Eduardo dos Santos);
Uma coisa é certa, tenho de voltar a JCP e já tenho ali a Balada
da Praia dos Cães. Curiosa, curiosa.
Editora: Leya | Coleção: Coleção
Essencial – Livros RTP | Local: Alfragide | Edição/Ano: 2016 | Impressão: Eigal
| Págs.: 198 | Capa: Rui Garrido | Ilustrações: João Abel Manta | ISBN:
978-989-66-0406-6 | DL: 413140/16 | Localização: BLX PG 82P-34/PIR (80410412)
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