As margens e a escrita, Elena Ferrante

Esta é a minha segunda incursão pela escrita de Elena Ferrante. A primeira foi por A invenção ocasional, a compilação de crónicas publicadas no Guardian. Ainda não foi desta que me dediquei à sua ficção, embora adore perceber como é que esta autora também ela ficcional se posiciona quanto à escrita.

Este volume reúne 3 textos escritos para conferências Umberto Eco Lectures e a última para o encerramento de um congresso sobre Dante. Para mim, a leitura deste último foi inócua pois, na verdade, desconheço a obra de Dante e as sou incapaz de reconhecer as suas referências. Quanto aos textos das conferências, mesmo quando me falham as referências aos autores italianos – quiçá para um próximo desafio de leitura -, gostei muito de alguns dos conceitos abordados: os limites da escrita e/ou da imaginação, o reconhecimento e valorização das vozes femininas na escrita, a ficção como a melhor verdade possível, a auto-ficção como base da ficção, o quotidiano como alimento da imaginação.

Título Original: I Margini e il dettato | Tradução (do italiano): Margarida Periquito | Ilustração: Andrea Ucini | Revisão: Joana Nunes| Editora: Relógio d'água | Local: LX | Edição/Ano: Jan 22 | Capa: Carlos César Vasconcelos | Impressão: Guide AG, Lda. | Págs.: 120 | ISBN: 978-989-783-206-2 | DL: 494169/22 | Localização: BLX PG 82-92/FER (80486803)

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