Normalmente, não escreve uma breve apreciação a um livro sem concluir a sua leitura. Esta será uma exceção. Não terminei esta leitura. Fico-me pelas cerca de primeiras cem páginas. Não sei se alguma vez retomarei a sua leitura. Sei que por agora me fico por aqui. O que não quer dizer que este livro não me tenha suscitado já diversas indagações e é exatamente por isso que alinhavo estas linhas. Faço-o antes da sessão do Clube de Leitura da Biblioteca Palácio Galveias, pois são estas indagações que orientarão a minha participação e mediação. Afinal, as perguntas são – regra geral – mais importantes que qualquer resposta.
Algumas das minhas
questões são:
- como lemos o
formato maioritariamente epistolar, que não é já uma estrutura habitual, quer
de escrita, quer de leitura?
- na atualidade,
quem poderiam ser @s nov@s três Mari@s?
- apesar do seu
hibridismo de género e evidência de conhecimento do cânone literário, esta obra
vale (mais) por si ou pelo impacto social e politico?
Além destas questões,
saliento igualmente algumas palavras chave que se foram evidenciando através da
leitura: clausura, sororidade, vingança, exercício, marginalidade, maternidade,
ofensa, liberdade, poder, posse, lei.
Estou muito curiosa
por ouvir as minhas leitoras, algumas delas com memórias da época e cujas
leituras primeiras da obra contemporâneas à mesma e cuja experiência de vida é
um testemunha das alterações sociais deste meio século.
Editora:
Estúdios Cor | Coleção: Serpente | Local: LX | Edição/Ano: 1ª, Abril 1972
| Impressão: Tipografia António Coelho Dias, Lda. | Págs.: 390 | ISBN: … |
DL: … | Localização: BLX DR 82P-6/BAR (1411681)
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