Novas Cartas Portuguesas, Barreno, Mª Isabel & Horta, Mª Teresa & Costa, Mª Velho

Normalmente, não escreve uma breve apreciação a um livro sem concluir a sua leitura. Esta será uma exceção. Não terminei esta leitura. Fico-me pelas cerca de primeiras cem páginas. Não sei se alguma vez retomarei a sua leitura. Sei que por agora me fico por aqui. O que não quer dizer que este livro não me tenha suscitado já diversas indagações e é exatamente por isso que alinhavo estas linhas. Faço-o antes da sessão do Clube de Leitura da Biblioteca Palácio Galveias, pois são estas indagações que orientarão a minha participação e mediação. Afinal, as perguntas são – regra geral – mais importantes que qualquer resposta.

Algumas das minhas questões são:

- como lemos o formato maioritariamente epistolar, que não é já uma estrutura habitual, quer de escrita, quer de leitura?

- na atualidade, quem poderiam ser @s nov@s três Mari@s?

- apesar do seu hibridismo de género e evidência de conhecimento do cânone literário, esta obra vale (mais) por si ou pelo impacto social e politico?

Além destas questões, saliento igualmente algumas palavras chave que se foram evidenciando através da leitura: clausura, sororidade, vingança, exercício, marginalidade, maternidade, ofensa, liberdade, poder, posse, lei.

Estou muito curiosa por ouvir as minhas leitoras, algumas delas com memórias da época e cujas leituras primeiras da obra contemporâneas à mesma e cuja experiência de vida é um testemunha das alterações sociais deste meio século.

Editora: Estúdios Cor | Coleção: Serpente | Local: LX | Edição/Ano: 1ª, Abril 1972  | Impressão: Tipografia António Coelho Dias, Lda. | Págs.: 390 | ISBN: … | DL: … | Localização: BLX DR 82P-6/BAR (1411681)

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