Cheguei a esta autora,
através da atividade Serões às Tiras, organizado pela Biblioteca Piteira
Santos, da Amadora. Dada a acessibilidade, foi este o trabalho da autora que
li. Trata-se de uma antologia de pequenas histórias dispersas em diversas
fanzines.
Não posso dizer que seja o
traço e estilo que mais me atrai. As figuras de AB são quase manchas, quase
disformes, quase difusas. Faz-me ponderar se é uma forma de ilustrar ou de combater
o modo como concebemos a nossa imagem corporal e a dos outros, ou como de como
(nós e os outros) nunca somos alguém com traços concretos e definidos, mas
apenas em constante mutação e a impedir-se de ser completamente apreensíveis pelos
demais.
Mas gostei imenso das
histórias, nem sempre fáceis e óbvias. A primeira tive a ler mais do que uma
vez. Sinto-a como um murro no estômago. A páginas tantas, há uma belíssima homenagem
ao poder transformador das bibliotecas e Aquele que come deixa uma ótima
indagação final.
Um trabalho que vou
continuar a seguir, com certeza.
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