Compromisso de escrita

 


Isto das escritas, anda há muito comigo. Pelas mais variadas razões, é raro prosseguir um projeto de escrita. Entre o receio e a disciplina, tudo fica numa fase muito inicial do que poderia ter sido.

Gosto de pensar que estou noutro patamar. Estou. Mas estarei – finamente - no patamar de me levar à conclusão de um destes projetos? Veremos.

Em maio passado, pus no papel algumas ideias iniciais para um projeto de longo curso, a expressão que uso por falta de coragem de lhe chamar romance. Tive/tenho a ideia do que quero, de onde quero chegar e de alguns dos temas que quero abordar. Sistematizei muita informação. Mas, a determinada altura, tudo cresceu demasiado rápido e demasiado grande na minha cabeça e como que implodiu. Daí, durante cerca de quase três meses não peguei em nada. Mas a verdade é que acho que acredito nas minhas ideias para a(s) história(s) e as personagens não me abandonaram. Têm permanecido lá na sala dos fundos e crescido suavemente. Então, de há poucas semanas para cá, tenho sentido este imperativo de voltar a elas e de lhes dar nova oportunidade. De me dar esta oportunidade de transformar-me através da escrita.

Hoje, estou a colocar no papel o fluir simples dessas ideias. Estou ainda muito perto do começo e muito, muito longe de um qualquer final. Diz quem sabe, e sim, também já o percebi, que devemos assumir um compromisso público com a nossa escrita e definir metas realistas para a mesma. Realisticamente, quais serão as minhas? 

1)    esboço manuscrito até ao final do verão;

2)    1º rascunho digital até ao final do ano, já com um alinhamento da narrativa muito perto daquilo que pretendo,

3)    Deixar pousar algumas semanas e, eventualmente, dar a ler a 1 ou 2 leitor@s cujas críticas confio;

4)    Voltar a olhar para o rascunho e rasurar, completar lacunas, fazer melhor.

5)    Ter uma primeira versão apresentável até maio de 2024.

Bora ao trabalho, que – caramba - tenho muito que pesquisar e muito que escrever.

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